A partir de hoje (12), o cidadão tem uma nova ferramenta para combater a pedofilia na internet. A Polícia Federal (PF), em parceria com a SaferNet Brasil, lançou um formulário online para tornar mais rápido o recebimento de denúncias de pornografia infantil, além de crimes raciais, preconceitos contra minorias e incentivo ao genocídio, praticadas por meio da internet.
Os internautas que verem conteúdos suspeitos poderão denunciar anonimamente as páginas eletrônicas no site do Departamento da Polícia Federal (www.dpf.gov.br). Esse novo sistema centralizará as denúncias, fará uma filtragem automática e evitará uma duplicidade dos registros dos possíveis crimes. Antes, todo esse procedimento era realizado manualmente. “A ferramenta potencializa no mínimo em dez vezes o recebimento das denúncias”, disse o delegado da PF Stenio Santos.
"Muitos casos que nos chegam não são pornografia infantil. Por isso, a página terá uma breve explicação a respeito de cada um dos crimes. Além disso, o site apresenta um campo para que o denunciante coloque o link da página suspeita e uma caixa de comentário, caso o internauta queira dar detalhes da acusação", explica o delegado. "A participação de todos na proteção da criança é um dever constitucional”, afirmou ele.
“A internet não é a vilã, é um espaço público onde se manifestam diversos tipo de comportamento”, assinala o diretor de prevenção da SaferNet Brasil, Rodrigo Nejm. A SaferNet disponibiliza em sua página eletrônica (www.safernet.org.br) dicas para os pais, educadores e os jovens usarem a internet de maneira saudável.
A SaferNet Brasil é uma associação civil de direito privado, com atuação nacional, sem fins lucrativos ou econômicos que ajuda no combate de crimes e violação dos direitos humanos via internet. As denúncias são analisadas pela associação, que é responsável pelo recebimento, processamento e encaminhamento para a Polícia Federal. Só no mês passado, a SaferNet recebeu 3017 denúncias de páginas com conteúdo de pornografia infantil.
Na próxima semana, o Disque100 da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República adotará um sistema similar em sua página na internet.
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