Por Thyago Macedo
O crack se torna a cada dia a droga mais popular do Brasil. Considerada a forma impura da cocaína, ela é também a mais viciante e responsável por matar mais rápido. Aqui no Rio Grande do Norte, só nos primeiros quatro meses deste ano, a polícia conseguiu apreender em torno de 75 quilos de crack.
O número é considerado pelas autoridades extremamente alto e representa o poder que a droga tem atualmente na sociedade. Para se ter uma ideia, somente em Natal, foram apreendidos o suficiente para se produzir doze mil pedras de crack. Cada uma é vendida em média por R$ 5.
Isso indica que além de viciante e mortal, o crack se tornou lucrativo. O problema é que apenas os traficantes lucram com a droga, já que as famílias de milhões de viciados espalhados pelo Brasil sofrem diariamente com o seu poder destruidor.
No Rio Grande do Norte, as polícias têm concentrado forças para impedir a expansão do tráfico, principalmente, para o interior do Estado. A grande campeã de apreensões neste ano é a Polícia Federal. Só de janeiro à abril deste ano, a PF retirou de circulação 54,8 kg de crack.
O número é o dobro do total de droga apreendida durante todo o ano de 2009. Nos doze meses do ano passado, a Polícia Federal havia recuperado 26,5 kg de crack em operações realizadas nas cidades de Macaíba, Natal, Parnamirim e Assu.
Já a droga apreendida neste ano foi encontrada em Mossoró, São José de Mipibu e Natal e seria distribuída em vários pontos do RN. Além disso, a capital do Estado também tem sido apontada pela polícia como ponto de entrada e saída de droga. Ela chega vinda de países como Peru, Colombia e Bolívia e ganham como destino a Europa.
Como há uma proximidade geográfica e existe um voo regular para Lisboa, em Portugal, é comum a Polícia Federal apreender crack na capital, principalmente no Aeroporto Internacional Augusto Severo.
Na distribuição interna, a Zona Norte de Natal tem se destacado como a líder em apreensões. De acordo com a Delegacia Especializada em Narcóticos, ainda não se tem números exatos, mas a região é alvo de ações policiais com mais frequência.
Os casos de execuções noticiados nessa região da cidade em sua maioria tem relação com as drogas. Muitas vezes, as vítimas são viciados em crack que, sem condições de quitar suas dívidas com os traficantes, pagam com a própria vida.
Rodovias
Assim como a Polícia Federal e a Polícia Civil, a Polícia Rodoviária Federal tem desenvolvido um importante papel no combate à interiorização do tráfico de drogas. Só neste ano, a PRF apreendeu 17, 1 quilos de crack. Para se ter uma ideia, em todo o ano de 2009 tinham sido apreendidos 12,3 kg.
Pelas apreensões realizadas no Rio Grande do Norte, a Polícia Rodoviária Federal destaca duas regiões do Brasil como os principais pontos de embarque das drogas: a Central e a Norte. Os policiais têm encontrado o material ilícito com frequência em ônibus vindos de Goiânia, do Pará e Brasília.
Já em relação aos pontos de apreensão aqui no Estado, a PRF aponta que, pelo mapeamento, o crack tem sido encontrado com mais intensidade na BR-304, tanto em Macaíba como Mossoró, e nas BRs 101 e 427.
O poder do crack
O crack teve seu surgimento no início da década de 80. Ele é resultado da mistura de cocaína, bicarbonato de sódio ou amônia e água destilada, originando grãos que são fumados em cachimbos.
Hoje, o consumo do crack é maior que o da cocaína, pois é mais barato. A fumaça produzida pela quiema da pedra da droga chega ao sistema nervoso central em dez segundos, devido ao fato de a área de absorção pulmonar ser grande e seu efeito dura de 3 a 10 minutos.
O crack também possuí um efeito de euforia mais forte do que o da cocaína e também produz muita depressão, o que leva o usuário a usar novamente para compensar o mal-estar, provocando intensa dependência.
Devido à sua ação sobre o sistema nervoso central, o crack gera aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremores, excitação, maior aptidão física e mental.
A dependência se constitui em pouco tempo no organismo. Se inalado junto com o álcool, o crack aumenta o ritmo cardíaco e a pressão arterial o que pode levar a resultados letais.
Fonte: Nominuto
Devido à sua ação sobre o sistema nervoso central, o crack gera aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremores, excitação, maior aptidão física e mental.
A dependência se constitui em pouco tempo no organismo. Se inalado junto com o álcool, o crack aumenta o ritmo cardíaco e a pressão arterial o que pode levar a resultados letais.
Fonte: Nominuto
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