Foi difícil para os dois pedreiros que trabalhavam em uma obra próximo ao ginásio de Macaíba, no bairro de Parque das Mangueiras, acreditarem que aquela jovem pedindo ajuda e dizendo que havia acabado de ser sequestrada, era filha de uma das vereadoras mais populares da cidade. Sem conseguir falar com ninguém da família, a farmacêutica Janiere Oliveira Pereira Ferreira, 27 anos, pedia para os dois homens a levarem até à casa de um tio, localizada próximo ao bairro.
Alex RégisO sequestro movimentou a polícia em Macaíba, que providenciou o fechamento das entradas da cidade
Janinha, como é conhecida a filha da vereadora Rita de Cássia de Oliveira Pereira (PMDB), havia acabado de sair de um sequestro que durou pouco mais de 2h30, ocorrido na manhã de ontem. “Pedia para eles me levarem até à casa do meu tio, porque não conseguia falar com ninguém da minha família. Todos os telefones estavam desligados. Eles demoraram muito para acreditar e só depois de muita conversa aceitaram o pedido”, afirmou a jovem Janiere, pouco depois de chegar à Prefeitura de Macaíba, onde foi levada pela Polícia.
Foi na Prefeitura de Macaíba também onde Janiere tinha visto a mãe pela última vez antes de ser abordada pelo um bandido. “Ela me deixou aqui às 9h e saiu para ir à lotérica localizada próxima à igreja, a poucos metros da Prefeitura. Fazia esse percusso quase todos os dias”, contou a mãe/vereadora, que está no seu quarto mandato para o cargo político.
Janiere parou o carro quase de frente à Delegacia de Polícia local, conforme ela mesmo contou, e foi pagar algumas contas na lotérica. “Quando voltei para o carro, o rapaz entrou quase que junto comigo. Com uma faca, ele disse que sabia que era filha da vereadora e mandou ligar para a minha mãe, contar que havia sido sequestrada e que estava sob a mira de um revólver”.
Segundo testemunhas, outros dois homens estavam acompanhando o bandido que entrou no carro com a farmacêutica. “Havia dois homens aparentando ter 30 anos e um terceiro mais jovem”, contou uma testemunha.
No entanto, apenas um homem, sentado no banco de trás do veículo seguiu com a farmacêutica. “Só vi um. Pode ser que tivesse mais, mas só vi o que entrou no carro”, contou Janiere. Após o primeiro contato telefônico feito com a vereadora Rita de Cássia, a Polícia foi acionada e, em poucos minutos, todas as entradas da cidade foram fechadas.
“Na primeira e única ligação feita do celular da vítima para a mãe dela, o sequestrador pediu R$ 50 mil. Depois disso, todas as ligações foram feitas pela vereadora para a filha, na tentativa de negociação de um possível resgate. Contudo, assim que a Polícia entrou em contato com o bandido, ele ficou temeroso e liberou a vítima”, afirmou o major Fábio Araújo, do 11º Batalhão da Polícia Militar.
Segundo o policial, o sequestro praticado contra Janiere tem todas as características de um sequestro relâmpago. “Eles entraram em contato para pedir o resgate porque a vítima disse não ter dinheiro algum na conta bancária. E para conseguir de forma mais fácil isso, ligaram justamente para a mãe dela, que geralmente é a pessoa mais emocionalmente abalada em um momento como esse”, contou o major.
Sem ter o valor que o sequestrador pediu, a vereadora ofereceu os três carros que possuía, incluindo, o Kia Soul prata, que estava com Janiere na hora do sequestro. “Queria muito minha filha de volta, estava muito nervosa com tudo que estava acontecendo. Ele não fazia nenhuma ameaça, mas não me deixava falar com ela e ficava sem ter como saber se ela estava bem”, afirmou Rita de Cássia.
Vítima foi levada para motel em Parnamirim
Depois de ser abordada na lotérica próximo à prefeitura, Janiere teve uma faca apontada para seu abdômen e foi obrigada a dirigir até um motel localizado em Parnamirim. “Lá, ele amarrou minhas mãos, meus pés e colocou uma venda em meus olhos. Mesmo assim, se o vir, consigo reconhecê-lo, porque antes, em nenhum momento, ele usou capuz ou cobriu o rosto”, afirmou Janiere.
Depois de passar algum tempo no motel – ela não sabe precisar quanto - a farmacêutica foi novamente colocada novamente no carro mas, desta vez, foi no banco de trás. O sequestrador dirigia o veículo. “Com a venda nos olhos, não conseguia saber para onde estava sendo levada. Foi aí que senti que o carro parou e ele saiu. Fiquei trancada lá dentro até ficar quase sem ar. Foi aí que consegui me desamarrar, tirar a venda dos olhos e sair do carro, indo pedir ajuda em uma construção próximo ao ginásio de esportes”, contou.
Janiere pediu ajuda aos dois homens desconhecidos da construção, porque não tinha como ligar para a mãe e contar que havia sido liberada. O celular dela, assim como os dois cartões de crédito, foi levado pelo bandido. “Pedi o telefone para um deles e consegui, sob um pouco de desconfiança, pois os números que tentativa ligar nenhum funcionava, estavam todos desligados”. O fato dos celulares dos parentes e amigos dela estarem incomunicáveis, foi consquência de um aconselhamento da Polícia, como forma das ligações serem centralizadas em apenas um local. “Montamos uma central de gerenciamento de crise no gabinete da direção da prefeitura e estávamos tentando rastrear o celular da jovem, através das ligações feitas para ela pela vereadora. Para evitar que os sequestradores falassem com outros membros da família e as negociações fugissem da linha, pedimos que todos os celulares fossem desligados”, contou o major da PM. Ainda segundo ele, o bandido ainda tentou, em um momento, ligar para a casa da vereadora, mas como lá só havia a diarista, ele desistiu.
Além da Polícia Militar, a Polícia Civil, através da Delegacia de Macaíba e da Divisão Especializada no Combate ao Crime Organizado (Deicor), participaram da ação policial que resultou na liberação de Janiere por volta das 11h40. Depois disso, diligências foram feitas para tentar localizar o bandido – ou a quadrilha, visto que a Polícia acredita na participação de mais de uma pessoa na ação – mas ninguém ainda foi encontrado.
Fonte: Tribuna do Norte
Foi na Prefeitura de Macaíba também onde Janiere tinha visto a mãe pela última vez antes de ser abordada pelo um bandido. “Ela me deixou aqui às 9h e saiu para ir à lotérica localizada próxima à igreja, a poucos metros da Prefeitura. Fazia esse percusso quase todos os dias”, contou a mãe/vereadora, que está no seu quarto mandato para o cargo político.
Janiere parou o carro quase de frente à Delegacia de Polícia local, conforme ela mesmo contou, e foi pagar algumas contas na lotérica. “Quando voltei para o carro, o rapaz entrou quase que junto comigo. Com uma faca, ele disse que sabia que era filha da vereadora e mandou ligar para a minha mãe, contar que havia sido sequestrada e que estava sob a mira de um revólver”.
Segundo testemunhas, outros dois homens estavam acompanhando o bandido que entrou no carro com a farmacêutica. “Havia dois homens aparentando ter 30 anos e um terceiro mais jovem”, contou uma testemunha.
No entanto, apenas um homem, sentado no banco de trás do veículo seguiu com a farmacêutica. “Só vi um. Pode ser que tivesse mais, mas só vi o que entrou no carro”, contou Janiere. Após o primeiro contato telefônico feito com a vereadora Rita de Cássia, a Polícia foi acionada e, em poucos minutos, todas as entradas da cidade foram fechadas.
“Na primeira e única ligação feita do celular da vítima para a mãe dela, o sequestrador pediu R$ 50 mil. Depois disso, todas as ligações foram feitas pela vereadora para a filha, na tentativa de negociação de um possível resgate. Contudo, assim que a Polícia entrou em contato com o bandido, ele ficou temeroso e liberou a vítima”, afirmou o major Fábio Araújo, do 11º Batalhão da Polícia Militar.
Segundo o policial, o sequestro praticado contra Janiere tem todas as características de um sequestro relâmpago. “Eles entraram em contato para pedir o resgate porque a vítima disse não ter dinheiro algum na conta bancária. E para conseguir de forma mais fácil isso, ligaram justamente para a mãe dela, que geralmente é a pessoa mais emocionalmente abalada em um momento como esse”, contou o major.
Sem ter o valor que o sequestrador pediu, a vereadora ofereceu os três carros que possuía, incluindo, o Kia Soul prata, que estava com Janiere na hora do sequestro. “Queria muito minha filha de volta, estava muito nervosa com tudo que estava acontecendo. Ele não fazia nenhuma ameaça, mas não me deixava falar com ela e ficava sem ter como saber se ela estava bem”, afirmou Rita de Cássia.
Vítima foi levada para motel em Parnamirim
Depois de ser abordada na lotérica próximo à prefeitura, Janiere teve uma faca apontada para seu abdômen e foi obrigada a dirigir até um motel localizado em Parnamirim. “Lá, ele amarrou minhas mãos, meus pés e colocou uma venda em meus olhos. Mesmo assim, se o vir, consigo reconhecê-lo, porque antes, em nenhum momento, ele usou capuz ou cobriu o rosto”, afirmou Janiere.
Depois de passar algum tempo no motel – ela não sabe precisar quanto - a farmacêutica foi novamente colocada novamente no carro mas, desta vez, foi no banco de trás. O sequestrador dirigia o veículo. “Com a venda nos olhos, não conseguia saber para onde estava sendo levada. Foi aí que senti que o carro parou e ele saiu. Fiquei trancada lá dentro até ficar quase sem ar. Foi aí que consegui me desamarrar, tirar a venda dos olhos e sair do carro, indo pedir ajuda em uma construção próximo ao ginásio de esportes”, contou.
Janiere pediu ajuda aos dois homens desconhecidos da construção, porque não tinha como ligar para a mãe e contar que havia sido liberada. O celular dela, assim como os dois cartões de crédito, foi levado pelo bandido. “Pedi o telefone para um deles e consegui, sob um pouco de desconfiança, pois os números que tentativa ligar nenhum funcionava, estavam todos desligados”. O fato dos celulares dos parentes e amigos dela estarem incomunicáveis, foi consquência de um aconselhamento da Polícia, como forma das ligações serem centralizadas em apenas um local. “Montamos uma central de gerenciamento de crise no gabinete da direção da prefeitura e estávamos tentando rastrear o celular da jovem, através das ligações feitas para ela pela vereadora. Para evitar que os sequestradores falassem com outros membros da família e as negociações fugissem da linha, pedimos que todos os celulares fossem desligados”, contou o major da PM. Ainda segundo ele, o bandido ainda tentou, em um momento, ligar para a casa da vereadora, mas como lá só havia a diarista, ele desistiu.
Além da Polícia Militar, a Polícia Civil, através da Delegacia de Macaíba e da Divisão Especializada no Combate ao Crime Organizado (Deicor), participaram da ação policial que resultou na liberação de Janiere por volta das 11h40. Depois disso, diligências foram feitas para tentar localizar o bandido – ou a quadrilha, visto que a Polícia acredita na participação de mais de uma pessoa na ação – mas ninguém ainda foi encontrado.
Fonte: Tribuna do Norte
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