Uma perseguição que atravessou toda a cidade terminou com a prisão de cinco pessoas, no final da tarde de ontem na Comunidade do Mosquito, zona Norte de Natal. A operação mobilizou dezenas de policiais militares, da Rocam e do BOPE. Houve troca de tiros e o helicóptero da PM foi utilizado na busca dos homens, suspeitos de assaltarem o 7º Ofício de Notas, em Capim Macio.
Rodrigo SenaVárias residências foram vistoriadas pelos policiais que participaram da operação em busca aos bandidos que assaltaram o cartório
De acordo com informações de testemunhas, o assalto aconteceu entre 13h e 13h30. Os bandidos roubaram joias e celulares das pessoas que estavam no cartório e fugiram em uma Pajero de cor preta (MYE-3757), levando como reféns o vigilante e uma mulher, que não quis se identificar. Durante a fuga houve troca de tiros com a polícia. “Eles pegaram o vigia, que levou uma coronhada na cabeça, e depois vieram para perto de mim. Eu pedi que não me levassem porque tenho dois filhos, foi quando eles disseram que eu ficasse tranquila que não iam fazer nada comigo”, disse a mulher.
Outro casal que estava no cartório durante o assalto relatou os momentos de terror. “Um dos bandidos colocou uma pistola na minha cabeça e mandou eu me apressar para entregar a corrente e a aliança, pois eu estava atrapalhando o trabalho deles”, disse a testemunha.
A esposa dele disse que levaram apenas uma corrente de ouro. “Eles puxaram só a corrente, não prestaram atenção que eu estava de brinco e nem na minha aliança. Graças a Deus não fizeram nada com a gente”, disse a mulher.
Durante a fuga os fugitivos trocaram tiros com a PM. A Pajero foi atingida várias vezes e acabou sendo abandonada no cruzamento das avenidas Alexandrino de Alencar e Romualdo Galvão. Como saíram apressados, os assaltantes não acionaram o freio de mão do veículo, que colidiu com uma Van da Polícia Militar. A batida deixou o trânsito lento nas imediações, dois guardas da Semob estavam no local para orientar os motoristas.
Depois de deixarem a Pajero, os assaltantes soltaram a refém no local da batida e continuaram a fuga em um Pálio de cor prata. De acordo com informações da polícia, o carro e o vigilante ferido foram deixados na avenida Felizardo Moura.
Para tentar escapar do cerco da polícia, os bandidos entraram na Comunidade do Maruim – que fica em frente ao posto da Polícia Rodoviária Estadual, na Ponte de Igapó. O local, de difícil acesso devido à vegetação de mangue, atrapalhou a busca dos policiais. Foi preciso a ajuda do helicóptero da PM para localizar os assaltantes.
Outra dificuldade foi a falta de informação da comunidade. Com medo de represálias, as pessoas evitaram falar com os policiais. Depois de quase uma hora de busca, a polícia recebeu informação de que os bandidos estavam em uma casa de cor verde e passaram a invadir todos os imóveis desta cor. A movimentação provocou curiosidade em quem passou pela Ponte de Igapó na tarde de ontem. Por mais de uma hora, o trânsito ficou congestionado no sentido Centro/ zona Norte. Curiosos pararam para olhar a ação da polícia. Um senhor estacionou o carro na linha do trem, que fica próximo a comunidade e, por pouco, o carro não foi colhido pela locomotiva. A operação chegou ao fim por volta das 16h.
Polícia recupera R$ 50 mil, celulares e joias
Os policiais da Ronda Ostensiva com o Apoio de Motocicletas (Rocan) comandados pelo major Marlon de Gois, recuperaram aproximadamente R$ 50 mil em espécie, 30 aparelhos celulares, joias, documentos e prenderam três dos cinco assaltantes: Luidy Newton de Paula Santos, 28, Zildo Carreas, 51 (ele não participou do assalto, apenas dava apoio logístico) e Samuel dos Santos Ribeiro, 34. Os outros dois bandidos continuam foragidos. Um deles foi identificado como “Marquinhos”.
De acordo com o major Marlon de Gois, os presos: Luidy, Samuel e Zildo já tem passagem pela polícia por assalto. Luidy e Zildo são do Estado do Pará. Samuel é natalense e morador da comunidade do Mosquito. Zildo também morava na região.
Luidy disse que estava de posse de uma pistola 765 e que perdeu a arma na perseguição. As imagens de segurança do cartório mostram que Samuel era o mais agressivo dos bandidos. Às 12h53 foi registrada a imagem do acusado com a arma apontada para uma das vítimas dentro do cartório. Ele também teria agredido outros reféns durante o assalto.
Neilson Mathias do Nascimento, 42, foi atingido com duas coronhadas na cabeça e teve duas costelas quebradas. O segurança Lucivan Toscano, 31 ficou como refém dos assaltantes até ser liberado nas proximidades do Hospital Giselda Trigueiro, nas Quintas. A vítima lembrou que durante todo o tempo era ameaçado de morte. Questionado sobre a agressividade contra as vítimas, Samuel deu uma justificativa nada convincente: “Fui (praticar o assalto) porque estava sem dinheiro. Nestas horas, só Deus na nossa vida. Foi em um momento de raiva”.
Outro casal que estava no cartório durante o assalto relatou os momentos de terror. “Um dos bandidos colocou uma pistola na minha cabeça e mandou eu me apressar para entregar a corrente e a aliança, pois eu estava atrapalhando o trabalho deles”, disse a testemunha.
A esposa dele disse que levaram apenas uma corrente de ouro. “Eles puxaram só a corrente, não prestaram atenção que eu estava de brinco e nem na minha aliança. Graças a Deus não fizeram nada com a gente”, disse a mulher.
Durante a fuga os fugitivos trocaram tiros com a PM. A Pajero foi atingida várias vezes e acabou sendo abandonada no cruzamento das avenidas Alexandrino de Alencar e Romualdo Galvão. Como saíram apressados, os assaltantes não acionaram o freio de mão do veículo, que colidiu com uma Van da Polícia Militar. A batida deixou o trânsito lento nas imediações, dois guardas da Semob estavam no local para orientar os motoristas.
Depois de deixarem a Pajero, os assaltantes soltaram a refém no local da batida e continuaram a fuga em um Pálio de cor prata. De acordo com informações da polícia, o carro e o vigilante ferido foram deixados na avenida Felizardo Moura.
Para tentar escapar do cerco da polícia, os bandidos entraram na Comunidade do Maruim – que fica em frente ao posto da Polícia Rodoviária Estadual, na Ponte de Igapó. O local, de difícil acesso devido à vegetação de mangue, atrapalhou a busca dos policiais. Foi preciso a ajuda do helicóptero da PM para localizar os assaltantes.
Outra dificuldade foi a falta de informação da comunidade. Com medo de represálias, as pessoas evitaram falar com os policiais. Depois de quase uma hora de busca, a polícia recebeu informação de que os bandidos estavam em uma casa de cor verde e passaram a invadir todos os imóveis desta cor. A movimentação provocou curiosidade em quem passou pela Ponte de Igapó na tarde de ontem. Por mais de uma hora, o trânsito ficou congestionado no sentido Centro/ zona Norte. Curiosos pararam para olhar a ação da polícia. Um senhor estacionou o carro na linha do trem, que fica próximo a comunidade e, por pouco, o carro não foi colhido pela locomotiva. A operação chegou ao fim por volta das 16h.
Polícia recupera R$ 50 mil, celulares e joias
Os policiais da Ronda Ostensiva com o Apoio de Motocicletas (Rocan) comandados pelo major Marlon de Gois, recuperaram aproximadamente R$ 50 mil em espécie, 30 aparelhos celulares, joias, documentos e prenderam três dos cinco assaltantes: Luidy Newton de Paula Santos, 28, Zildo Carreas, 51 (ele não participou do assalto, apenas dava apoio logístico) e Samuel dos Santos Ribeiro, 34. Os outros dois bandidos continuam foragidos. Um deles foi identificado como “Marquinhos”.
De acordo com o major Marlon de Gois, os presos: Luidy, Samuel e Zildo já tem passagem pela polícia por assalto. Luidy e Zildo são do Estado do Pará. Samuel é natalense e morador da comunidade do Mosquito. Zildo também morava na região.
Luidy disse que estava de posse de uma pistola 765 e que perdeu a arma na perseguição. As imagens de segurança do cartório mostram que Samuel era o mais agressivo dos bandidos. Às 12h53 foi registrada a imagem do acusado com a arma apontada para uma das vítimas dentro do cartório. Ele também teria agredido outros reféns durante o assalto.
Neilson Mathias do Nascimento, 42, foi atingido com duas coronhadas na cabeça e teve duas costelas quebradas. O segurança Lucivan Toscano, 31 ficou como refém dos assaltantes até ser liberado nas proximidades do Hospital Giselda Trigueiro, nas Quintas. A vítima lembrou que durante todo o tempo era ameaçado de morte. Questionado sobre a agressividade contra as vítimas, Samuel deu uma justificativa nada convincente: “Fui (praticar o assalto) porque estava sem dinheiro. Nestas horas, só Deus na nossa vida. Foi em um momento de raiva”.
Fonte: Tribuna do Norte com imagens dos GUERREIROS DO RN
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