O pintor José Matias de Pontes, de 55 anos, morreu na noite da última segunda-feira depois de passar 45 dias internado no hospital Walfredo Gurgel, tentando se recuperar de um espancamento que sofreu quando estava em casa, na zona Norte de Natal, bebendo com familiares. Os autores da agressão, por sinal, seriam também familiares da vítima - o sobrinho e o genro - segundo informou a mulher de José Matias à Polícia.
Também segundo a mulher (nome preservado) a agressão teria sido motivada por causa de uma dança. “Meu marido estava dançando o Créu, aí o genro chegou e mandou ele parar. Ele disse que não iria fazer isso, porque estava na casa dele e fazia o que quisesse”, contou a mulher.
Depois de responder ao genro, foi conversar com o sobrinho que também o repreendeu pela dança: “se minha mulher tivesse aqui, não deixaria você fazer isso”, teria dito o homem.
Em seguida, José Matias e o sobrinho teriam começado a brigar, mas foram separados . “De repente, o sobrinho voltou com um pedaço de pau e deu na barriga dele, que caiu no chão. Nessa hora, o genro dele chegou com um pau e os dois começaram a dar pauladas. Quando vi essa cena, fiquei tão nervosa que desmaiei”, contou a mulher.
Ao acordar depois, a mulher afirmou que viu apenas o marido já no chão, coberto de sangue. Ele foi socorrido e encaminhado para o Walfredo Gurgel, onde ficou internado. “Ele tinha até melhorado, mas acabou piorando no final de semana e morreu”, contou ela.
O sobrinho, conhecido como João Maria, e o genro, chamado apenas de Chico, estão foragidos. Ao todo, eles deram 26 pauladas em João Matias, segundo apontou o laudo médico.
Fonte: Tribuna do Norte
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